Descrição
O trabalho é resultado de investigações a respeito do olhar contemporâneo e suas incapacidades. Trata-se de uma sequencia de obras em nanquim, aplicados sobre papel vegetal, e que resultou numa pesquisa sobre transparência e suas nuances. A produção virou um livro, ainda em fase de impressão, composto por sete poemas visuais. Freitas é graduado em artes plásticas pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Professor de pintura do Centro Cultural Beira-mar já fez exposições as exposições estão Rumores e burburinhos, individual no Museu da Imagem e do Sol (MIS), em Florianópolis, em 2002, e a Poética da Morte na Cultura Brasileira, mostra coletiva temática realizada pelo Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), em 2001. O artista diz que, ao começar o livro, só tinha em mente a vontade de trabalhar com desenho nanquim sobre papel vegetal, técnica usada para desenho de engenharia ou de arquitetura. Afirma que algumas coincidências foram definitivas para a produção da obra. "Devo realçar que me surpreendeu o fato de que sete folhas de papel vegetal são capazes de atingir a opacidade plena, assim como sete letras formam a palavra neblina", explica. Freitas acrescente: "Sete letras, sete folhas de papel, que vão velando o que tem adiante, como camadas de neblina que cobrem a cidade, impedindo o olha de seguir o seu destino, de chegar ao horizonte." em princípio, segundo ele, interessava a transparência do papel, mas logo se interessou por sua capacidade de velar. "Estava decidido que esse seria, então o foco desta minha pesquisa", conta.