Descrição
O ponto de partida – também dá nome à exposição – é a música, ou melhor, a “intervenção” na música Inútil Paisagem, de Tom Jobim, e remete ao período pós-AVE (acidente vascular no encéfalo), sofrido pelo artista em 2001, fazendo com que a música e os sons sobressaíssem em sua mente e fossem pensados como “paisagens emocionais”.
Outro tema recorrente é o conceito dos Campos Relacionais, que Asc toma emprestado da Física Quântica e diz respeito à troca ou migração de informações entre duas forças, duas energias ou dois corpos que se aproximam.
Os painéis revelam três séries distintas, com informações múltiplas, e são compostos por desenhos, fragmentos de canções, poemas e palavras que surgem durante as viagens do artista pelo mundo, que ele chama “meu ateliê on the road”.
Entre um e outro desenho, Asc segue sua “resistência cultural”, andando, tomando nota, munido de seu olhar, suas impressões e sensações, suas mãos, lápis e papel, apropriando-se de suportes alternativos diversos, embalagens, bulas de remédios, filipetas, cartazes, folders e o que mais aparecer pela frente.
A exposição faz parte do projeto Memória em Trânsito do Museu Victor Meirelles, que propõe estudar e divulgar as obras dos artistas catarinenses pertencentes ao acervo do museu.