Descrição
Esta exposição traz ao público catarinense um segmento importante do acervo do Museu Nacional de Belas Artes, do Rio de Janeiro: os desenhos e gravuras da artista DJANIRA DA MOTA E SILVA (1914 - 1979).
Djanira, nascida em Avaré, interior de São Paulo, radicou-se na década de trinta, no Rio de Janeiro, indo morar em Santa Tereza.
Autodidata, possuia uma temática rica e variada, ligada à terra, ao povo brasileiro. Sua primeira aparição em público, aconteceu na Divisão Moderna do Salão Nacional de Belas Artes, de 1942. A partir daí, recebeu o prêmio de viagem ao País com a tela Caboclinhos, pertencente ao Museu Nacional de Belas Artes. Foi também ilustradora, destacando-se seus desenhos para a novela de Guimarães Rosa, Campo Geral, realizada em 1964, para a confraria dos 100 Bibliófilos.
As obras aqui expostas, fazem parte do espólio da artista, doadas ao Museu Nacional de Belas Artes em 1984, pelo seu marido, José Shaw da Mota e Silva. O conjunto é expressivo, reunindo centenas de trabalhos (pinturas, desenhos, gravuras e matrizes), todas em bom estado de conservação.
Djanira - Desenhos e Gravuras é uma síntese do que possuímos da artísta, no acervo de obras de arte sobre papel do Museu Nacional de Belas Artes.
A obra de Djanira, seja ela pintura, desenho ou gravura é vasta e versátil. Para um mesmo trabalho executava diversos estudos nas mais variadas técnicas. As cores, fator predominante no se processo criativo, são muito importantes na definição dos espaços, visto que Djanira trata suas obras sem noções de perspectiva e ausência de volume. Os pescadores, músicos, santos, trabalhadores das minas de carvão, plantadores de café, índios, orixás do candomblé baiano estão representados em toda a sua produção, demonstrando seu permanente interesse pelos usos e costumes do Brasil
Monica F. Braunschweiger Xexéo