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Poesia, Memória e Arquivo: Carlos Drummon de Andrade
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Metadados
Nome da exposição
Poesia, Memória e Arquivo: Carlos Drummon de Andrade
Descrição
Em 31 de outubro de 1902, nascia em Itabira do Mato Dentro, nas Minas Gerais, Carlos Drummond de Andrade, o grande poeta brasileiro do século XX, senão o maior de nossos poetas. Falecido no Rio de Janeiro em 17 de agosto de 1987, há exatos 30 anos, Drummond nos deixou, em verso e prosa, uma riquíssima visão do mundo e de nós mesmos. Em comemoração aos 115 anos de nascimento – lembrando também os 30 anos de ausência do poeta – a Universidade Federal de Santa Catarina, através de seu Programa de Pós-graduação em Literatura, em conjunto com o Núcleo de Estudos Literários & Culturais – NELIC e apoio da Secretaria de Cultura- SECARTE, se une ao Museu Victor Meirelles para, juntos, apresentarem a exposição Poesia, memória e arquivo: Carlos Drummond de Andrade.
Com essa exposição, apresentamos ao público catarinense uma especial reunião de obras raras, com primeiras edições e edições especiais para bibliófilos, além de cartas originais inéditas – manuscritas e datiloscritas – fotografias, discografia e a oportunidade de ouvir a voz do poeta lendo seus poemas, oferecendo à comunidade catarinense a possibilidade de um contato mais próximo com a poesia e a memória do poeta. Compõem esta exposição, portanto, as primeiras edições dos livros de Drummond apresentadas em contraste e comparação com suas versões mais recentes – desde seu primeiro livro publicado, Alguma poesia, até Farewell (edição póstuma), passando por antologias, coleções especiais, sua poesia traduzida e publicada em outros países, bem como suas traduções de poesia e prosa para o português, além de algo da fortuna crítica do poeta.
No conjunto ora exibido, chamamos atenção para a bela edição especial dos 21 poemas escritos por Drummond como glosa ao conjunto de 21 desenhos de Portinari sobre o Dom Quixote, de Cervantes, e que se dão a ler/ver, poemas e desenhos, em pranchas individuais.
No amplo arquivo de Drummond aberto nesta oportunidade, destaca-se, ainda, na vasta correspondência ativa do poeta, um conjunto de 21 cartas enviadas ao também poeta e editor Domingos Carvalho da Silva. Cartas que tem por foco o próprio fazer da poesia, sua matéria e procedimento, deixando entrever, delicadamente a cada linha, o gesto literário de Drummond: uma leitura atenta da poesia de Domingos, por ocasião da publicação de seu livro Rosa extinta, por exemplo, e a gentileza do Drummond-tradutor em aconselhar Domingos na tarefa da tradução de 20 poemas de amor e uma canção desesperada, de Pablo Neruda. Também exibimos uma carta do poeta a seu irmão, Altivo, datada de 1933, raro documento histórico.
Para além da simples e sempre merecida homenagem, o objetivo desta exposição é proporcionar um encontro com Drummond a partir do raro material colecionado por estudiosos de sua obra: no conjunto de sua poesia, em seus poemas e em cada verso manuscrito, em suas cartas e dedicatórias que, na circunstância do endereçamento e do envio, ou na impressão da assinatura, fazem com que todo leitor sinta-se de algum modo implicado nesse grande arquivo de poesia e memória.
“Poesia, memória e arquivo: Carlos Drummond de Andrade” marca, ainda, os 30 anos de uma primeira edição da exposição que hoje se realiza: em outubro de 1987, dois meses após o falecimento de Drummond e considerando, como agora, o dia de seu nascimento, a Universidade Federal de Santa Catarina promoveu o evento Lembrando Drummond e uma exposição rememorativa do poeta, que revisitamos hoje, de forma ampliada.
Data de abertura
31 de outubro de 2017
Data de fechamento
18 de novembro de 2017